Quando o Mineirão fechou para as reformas da Copa do Mundo de 2014 o Atlético-MG precisou procurar um novo estádio para jogar. A primeira casa do Galo nesse período foi a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Apesar de sua apaixonada torcida não medir esforços para ver seu time e ter lotado as arquibancadas do pequeno estádio em diversas oportunidades, aquele local não era a casa do Atlético. Além disso, o local também era assombrada por uma das maiores humilhações da história do clube, a goleada por 6×1 sofrida para o maior rival Cruzeiro no final de 2011.
O alvinegro passou a ter uma sensação de pertencimento maior com um estádio quando o Independência, estádio do América, que também passava por reformas foi reinaugurado no segundo trimestre de 2012. O local que embora seja casa de um dos rivais do Galo, tem uma forte conexão com o clube que nos anos 90 mandou diversos jogos no acanhado estádio para fazer a pressão de sua torcida ser sentida pelos adversários.
Logo em seus primeiros jogos na nova casa o Atlético já sentiu a diferença de jogar em sua cidade e embora tenha sido eliminado pelo Goiás de forma precoce na Copa do Brasil, conquistou o Campeonato Mineiro de 2012 em cima do América em pleno Horto com a Massa Atleticana lotando as arquibancadas em ambas partidas.
Reforçado por Ronaldinho Gaúcho e com o apoio de sua torcida o Galo fez da nova Arena Independência um verdadeiro alçapão e terminou o Campeonato Brasileiro de 2012 como vice-campeão sem perder sequer um jogo como mandante.
Em 2013, ano mágico da história alvinegra, o estádio também foi protagonista. O local serviu como a casa do Atlético até as semifinais da Libertadores e aterrorizou os adversários de todo o continente. Assim surgia o lema “Caiu no Horto tá morto”.
Embora não tenha perdido nenhum jogo no Horto ao longo da campanha rumo ao título continental, logo após a conquista do torneio o alvinegro viu sua invencibilidade na casa chegar ao fim em um derrota de virada por 2×1 para o Athletico-PR.
O jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, marcava também a despedida do jovem Bernard, que havia acabado de ser negociado com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. O roteiro parecia perfeito quando o prata da casa abriu o placar para o Atlético e tirou a camisa mostrando uma mensagem para os torcedores atleticanos: “Uma vez até morrer” dizia a outra camisa do atacante.
Apesar do roteiro bonito, a história sofreu uma grande reviravolta quando Bernard recebeu o segundo amarelo por sua comemoração e acabou expulso. Com um a mais em campo, o CAP cresceu no jogo e conseguiu a virada em cima do Galo com gols de Everton e Ederson já nos minutos finais do segundo tempo.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 1 X 2 ATLÉTICO-PR
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 31 de julho de 2013, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Arbitro: Paulo César Oliveira (SP)
Assistentes: Alberto Poletto Masseira (SP) e Vanderson Antônio Zanotti (ES)
Cartões amarelos: (Atlético-MG) Bernard, Leonardo Silva, Tardelli (Atlético-PR) Bruno Silva, Léo
Cartão vermelho: (Atlético-MG) Bernard
Gols:
Atlético-MG: Bernard, aos 35 minutos do segundo tempo
Atlético-PR: Everton, aos 40 e Ederson, aos 42 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Júnior César; Pierre (Michel), Josué, Tardelli e Luan (Neto Berola); Bernard e Jô (Alecsandro)
Técnico:Cuca
ATLÉTICO-PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Bruno Silva (Zezinho), Juninho, Everton e Elias (Felipe); Marcelo e Dellatorre (Ederson)
Técnico: Vagner Mancini
